terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Catorze brasileiros estão presos nos EUA por travessia ilegal via Bahamas

Catorze brasileiros que atravessaram de barco ilegalmente das Bahamas para os Estados Unidos estão presos em um centro de detenção em Pompano Beach, na Flórida. Eles usaram a mesma rota ilegal que teria sido utilizada pelo grupo de brasileiros que está desaparecido desde o dia 6 de novembro, segundo informações do Itamaraty.
Como os EUA não fazem notificação compulsória dos detidos —só informam quando há autorização deles—, o número total de prisões pode ser bem maior, de acordo com o ministério.
O governo brasileiro continua sem informações sobre o paradeiro do grupo que teria deixado as Bahamas de barco no dia 6 de novembro. Inicialmente, foi divulgado que eram 19 brasileiros, mas não há confirmação do número.
Reprodução/Facebook
Sergio Castelhani, um dos desaparecidos em barco que tentava entrar nos EUA via Miami. (Foto Reproducao/Facebook) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Sérgio Castelhani, um dos brasileiros desaparecidos após tentar travessia ilegal para os EUA
No dia 15 de novembro, parentes dos brasileiros entraram em contato com a embaixada em Nassau, capital das Bahamas, relatando o desaparecimento. As guardas costeiras dos EUA e das Bahamas estão fazendo buscas e monitorando por satélite. Nenhum naufrágio foi registrado, de acordo com o Itamaraty.
Folha apurou que as autoridades trabalham com dois cenários mais prováveis. No primeiro, os brasileiros continuam nas Bahamas, detidos pelos coiotes, que suspenderam a travessia com medo de serem interceptados e estão mantendo os brasileiros incomunicáveis.
O segundo cenário é o de que eles estariam no barco, à deriva ou ancorados em algum lugar. A distância entre Freeport, nas Bahamas, e Fort Lauderdale, na Flórida, é de apenas 150 quilômetros.
A diretora do departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Luiza Lopes da Silva, disse que muitos brasileiros estão optando pela rota das Bahamas porque a entrada pelo México está cada vez mais perigosa, por causa dos cartéis do tráfico. "A travessia feita a pé pelo deserto também é insegura, e muitos sofrem desidratação."
Além disso, há um efeito "últimos dias de Obama". "Muitos brasileiros com quem conversamos lá nos EUA dizem que parentes ou amigos estão acelerando a ida para o país, pois querem chegar antes de Donald Trump assumir, no dia 20 de janeiro", disse Silva. Trump prometeu endurecer a repressão à imigração ilegal.
Arquivo pessoal
Renato Soares de Araujo, de 32 anos, da cidade de Sardoa, no Vale do Rio Doce, e um dos desaparecidos Foto: Arquivo de familia/ Reproducao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Renato Soares de Araujo, mineiro de 32 anos, é um dos brasileiros desaparecidos no Caribe
O barco com 14 brasileiros teria deixado as Bahamas no dia 6 de novembro. No dia 15, familiares dos brasileiros entraram em contato com a embaixada brasileira em Nassau, relatando o desaparecimento. As guardas costeiras dos EUA e das Bahamas estão fazendo buscas pelo barco e monitorando por satélite. Nenhum naufrágio foi registrado, segundo o Itamaraty.
Segundo a Folha apurou, as autoridades trabalham com dois cenários mais prováveis. No primeiro, os brasileiros continuam nas Bahamas, detidos pelos coiotes, que suspenderam a travessia com medo de serem interceptados e estão mantendo os brasileiros incomunicáveis. O segundo cenário é o de que eles estariam no barco, à deriva ou ancorados em algum lugar.
Folha entrou em contato com um oficial de imigrações no centro de detenção na Flórida, mas não recebeu retorno.

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