Família de Jefferson Eduardo de Oliveira recebeu notícia nessa quinta-feira.Viúva conta que ele sonhava em construir casa e comprar carro novo.
“Eu vou chegar lá, vou te ligar e com três meses eu te levo comigo, você não vai ficar abandonada aqui”. Essa foi uma das últimas frases de Jefferson Eduardo de Oliveira para a esposa, Tainá Teixeira de Assis. No início de novembro, o jovem de 20 anos, natural de Sobrália (MG), deixou o Brasil e foi para o México, tentar uma travessia ilegal para até a fronteira para os Estados Unidos. Na tarde desta quinta-feira (17), a jovem de 19 anos recebeu a notícia de que seu marido morreu durante a tentativa.
A viúva conta que Jefferson conhecia os riscos da empreitada, mas não havia tentado obter visto para entrar legalmente no país norte-americano. Ela diz que o marido tinha o sonho de trabalhar nos Estados Unidos para ter um futuro melhor no Brasil, onde queria construir um apartamento em cima da casa da mãe dele e comprar um carro novo.
Justamente devido aos riscos da travessia, o jovem insistiu para que Tainá não fosse com ele, mas dizia que a levaria para lá depois que estivesse devidamente instalado no outro país. Planos que foram interrompidos com a morte do jovem. “Alguém fez covardia com ele e jogou ele no rio logo após, foi essa as informações que eles passaram”, conta a viúva.
Amigo de infância de Jefferson, o autônomo Tiago Fernando de Souza, conta que pretendia ir tentar a vida nos Estados Unidos, mas desistiu dessa ideia. “Ele era um amigo guerreiro, que gostava muito dos pais, da família, era um rapaz trabalhador, um companheiro que sempre estava com a gente quando a gente precisava. Depois do que aconteceu com o meu amigo, o sonho morre por aqui”, revela.
Procurado pelo G1, o Itamaraty informou que o Consulado do Brasil no México foi comunicado do fato e está em contato com as autoridades locais, buscando apurar as circunstâncias do ocorrido e manter informados os familiares do nacional, com quem o posto já estabeleceu contato e a quem vem sendo prestada a devida assistência consular. O órgão disse ainda que maiores detalhes do caso não serão repassados em respeito à privacidade dos envolvidos, e considerando ser a situação alvo de investigação policial.
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